domingo, 27 de julho de 2008

Tudo Vira Bosta

Tudo Vira Bosta
Rita Lee

O ovo frito, o caviar e o cozido, a buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido, a ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido e o programa do partido
Tudo vira bosta...
O vinho branco, a cachaça, o chope escuro, o herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro, seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro, meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta...
Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois, tudo vira bosta...
Filé 'minhão', 'champinhão', 'Don Perrinhão', salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão, a Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão, meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta...
O pão-de-ló, brevidade da vovó, o fondue, o mocotó, Pavaroti, Xororó
Minha Eguinha Pocotó, ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló, tudo vira bosta...
Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois, tudo vira bosta...
A rabada, o tutu, o frango assado, o jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado'
Tudo vira bosta...

(desculpem o sumiço e o humor negro, mas isso era interessante demais para passar em branco.)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Não dê bobeira em PCs públicos


Época de férias e uma multidão procura lan houses, cibercafés ou telecentros para acessar a internet longe de casa. A comodidade de usar a web nesses locais, contudo, pode custar caro para quem não toma cuidado. Bandidos virtuais estão à espreita, loucos para aproveitar uma distração e dar um golpe. O estudante Pedro Augusto de Souza Bergamo, de 17 anos, poderia muito bem ter se tornado uma vítima dos larápios na semana passada. Escapou, graças ao Link.Para mostrar o perigo de usar a rede em espaços públicos, a reportagem visitou uma lan house bem fuleira no centro de São Paulo e outra ultramoderna na região dos Jardins, na zona sul. Nessa última, não deu pra descobrir os dados de nenhum usuário. Já na primeira, que cobra R$ 1 por meia hora, nem foi preciso fazer força. Pedro havia acessado a web ali. Entrou no Orkut, leu e-mails e bateu papo no MSN. “Acabou o tempo sem eu perceber”, conta. Uma tela com o logotipo do estabelecimento surgiu no monitor. O estudante foi embora, certo de que o sistema tinha apagado seus dados. Estava enganado.Por coincidência, o Link usou o mesmo PC logo depois de Pedro sair. E estava tudo exatamente do jeito que ele tinha deixado. O MSN continuava conectado, inclusive com uma janela de conversação aberta. Com um clique no mensageiro instantâneo dava para entrar na caixa postal de e-mails do rapaz. O navegador continuava aberto no Orkut, na página pessoal do estudante. Dava até pra ver os perfis e comunidades que tinha visitado minutos atrás. “Agora vou fechar tudo antes de o tempo acabar”, garante.Uma pessoa mal-intencionada poderia ter trocado todas as senhas em segundos. Não só isso. Conseguiria se passar por ele no MSN, no Orkut e no Hotmail e transformar a vida do estudante num inferno, criando intrigas com seus amigos virtuais ou manchando sua reputação. Também ganharia um bom dinheiro se usasse as três contas para disparar um monte de propagandas indesejadas – os insuportáveis spams – para milhares de internautas. Pedro aprendeu a lição e pode ficar tranqüilo – o Link eliminou os rastros dele do PC da lan house.Se você bobear, pode não ter a mesma sorte. Mas não se estresse. Assim como não deixamos o estudante na mão, vamos mostrar quais são as precauções que você precisa tomar quando quiser acessar a web em uma lan house, em um cibercafé ou em um telecentro. Antes de mais nada, é preciso conhecer os seus inimigos. Existem pelo menos cinco tipos bastante perigosos de criminosos virtuais que atuam em pontos públicos de acesso à internet – cada um com uma maneira diferente de agir.O primeiro deles é o ladrão hi-tech. Esperto, quer roubar a senha da sua conta bancária de qualquer maneira. Para isso, costuma instalar programas espiões, os keyloggers, em computadores desprotegidos. Esses softwares registram tudo o que a pessoa digita no teclado. Os keyloggers também podem entrar em um PC quando um usuário descuidado clica em um e-mail contaminado que parece vir de um amigo ou uma empresa conhecida, o phishing scam.O segundo “elemento” ameaçador, o pedófilo, costuma abusar de crianças e adolescentes. Geralmente discreto, usa o ambiente da lan house, cibercafé ou telecentro para fazer-se de “amigo” e se aproximar da vítima. Depois, aproveitando-se da ingenuidade infantil, marca encontros em outros lugares. Também pode vasculhar PCs públicos à procura de endereços de e-mail ou perfis de jovens em comunidades virtuais, deixados no micro por descuido.O terceiro tipo de bandido é o spammer, aquele cara que ganha dinheiro principalmente lotando a caixa de e-mails dos outros com propagandas. Para ele começar a lucrar, basta que encontre endereços de correio eletrônico deixados nos micros. E isso é muito fácil quando o local não tem um bom sistema de segurança e o usuário não toma o cuidado de apagar seus rastros. Na lan house fuleira visitada pelo Link, bastaram alguns minutos em três PCs para encontrar os e-mails de seis pessoas.O “engraçadinho” também integra o grupo de criminosos virtuais que ronda os centros públicos de acesso à rede. Gosta de pregar peças em usuários incautos, que, como o estudante Pedro, deixam abertas as contas de e-mail, não desconectam o mensageiro instantâneo e não clicam em “Sair” depois de acessar uma comunidade virtual. Em alguns casos, também pode instalar keyloggers nas máquinas para obter esses dados. Daí, finge ser a pessoa e causa desavenças com os contatos virtuais, entre outras traquinagens sem graça.Último da lista, o fofoqueiro tem uma peculiaridade em relação aos seus colegas malfeitores: geralmente é uma pessoa conhecida, que não vai muito com a cara da vítima. Para espalhar boatos, tenta usar o mesmo micro de seu desafeto logo em seguida e, de olho em algum descuido, consegue descobrir e-mails pessoais comprometedores ou até conversas de chat mais picantes. Então, sai espalhando tudo por aí.Um nível alto de segurança numa lan house, cibercafé ou telecentro pode reduzir muito a possibilidade de infratores agirem. Por isso, verifique se os micros do local têm antivírus e antispyware (software que elimina programinhas espiões) atualizados. Mais importante ainda: confira se o PC apaga os dados do usuário assim que termina o tempo de uso, ou se o micro faz isso toda vez que o usuário reiniciar a máquina. Além disso, tome alguns cuidados ao navegar, bater papo ou usar senhas (leia textos abaixo). Fique de olho aberto e, se notar qualquer atitude suspeita, denuncie.

Maurício Moraes e Silva

(Aiai neh... vo nem comentar por que to postando isso aki!)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Roteiro para uma performance...

Eu já postei isso no meu fotolog uma vez, mas como isso aqui está jogado às moscas resolvi "re-postar", talvez pela fase meio psicótica que estou... rs É só um roteiro de uma performance que pensei fazer a alguns anos...

Andei deixando a mente vagar... e me veio uma idéia a partir de uma declaração de uma amiga... eis o meu roteiro pra uma performance:


Entrarei ao som das 4 Estações de Vivaldi... Num palco todo branco, eu vestida de branco (uma camiseta e uma calça, descalça, pés no chão, cabelos presos, óculos escuros)...

No palco estará a minha espera numa bancada uma galinha, dessas de granja, branquinha e gorda...

De repente eu olho bem nos olhos da galinha tiro os óculos, me viro pra platéia, faço a oração árabe:

“Que as pulgas de mil camelos, enlouquecidas pelas areias quentes do sol escaldante do deserto do Saara, infestem o meio das pernas daquele que ousar perturbar o meu dia. E que seus braços sejam curtos demais para se coçar. Que cocem suas partes pudentas num cáctus eternamente! Amém!"

A luz do palco se transforma... escurece tudo... descem velas acesas no palco e começa a tocar Carmina Burana...

CARL ORFF - CARMINA BURANA


Eu pego a galinha e arranco a cabeça dela com as mãos, arranco as penas dela com um ar bem tranquilo e sereno, olhando pra platéia.. (se a galinha cacarejar alto antes de ser decapitada e ficar contorcendo o corpo agonizando antes de morrer enquanto eu a depeno melhor ainda...). Pego a cabeça decapitada da galinha e olho c um ar blasé e canto: Você foi! O melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer...

Depois disso o palco fica a meia luz, eu apago as velas do palco numa dança contemporânea fazendo o jogo de contato com o corpo da galinha na mão, toda banhada em sangue, e me viro bem a frente do palco, na boca de cena, olhando pra platéia digo filosófica e proféticamente:

"Nesse mundo, tudo é fake... a vida é sangue, suor e lágrimas... é isso o que eu quero..."

e saio do palco ao som de uma cantiga de ninar...

fecham-se as cortinas...
apagam-se as luzes...
o público emocionado chora copiosamente...
o faxineiro do teatro não se contém e derrama lágrimas ao ver esse espetáculo vanguardista e contemporâneo (tudo ao mesmo tempo...)

Quando todos pensam que o espetáculo terminou, entram Stéf-Shinigami e Chicken-Mafagafo-San fazendo uma dança pout-pourri-cover-performática do Path and Stanley, Thriller e Start me Up, com todos os elementos do Clip do Michael Jackson (inclusive máquina de fumaça!) e expressões faciais do Mick Jagger em cena. Após essa apresentação surreal volto ao palco e digo: essa minha performance, dividida aqui com meus amigos, foi inspirada em minhas experiências orkutianas... muito obrigada amigos, sem vocês nada disso teria sido realizado...

Recebemos rosas vermelhas no palco, sob as palmas da platéia...

Obrigada... obrigada...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

DARTH VADER

Na verdade eu queria só colocar a música aqui porque estava mais uma vez na minha crise de pesquisas aleatórias na internet e procurei imagens do Darth Vader... Engraçado q eu nunca assisti Star Wars por completo nem uma vez. E sou completamente apaixonada pela música do Darth Vader... e pela figura dele tb! rsrsrs Fala a verdade, ele é um tipão! rs
Fiz a pesquisa, e depois de algumas horas consegui descobri como colocar a música em um post do blog sem ela ficar tocando (porque eu odeio quando abro aqueles blogs que ficam tocando aquelas musiquinhas murrinhentas o tempo todo, principalmente porque elas tocam quando você tá navegando clandestinamente na net sem que seus chefes vejam...)
Darth Vader é tido como o maior vilão da história do cinema do século XX e um favorito dentre muitos personagens de vários universos diferentes.
Um comentáriozinho: Satan Goss, o grande vilão da série Jaspion é considerado por muitos como "o Darth Vader japonês" devido à sua similaridade com Darth Vader.

Darth Vader
Posição: Comandante-em-chefe das Forças do Império Galáctico, Lorde Negro dos Sith
Espécie: Humano (Episódio III), ciborgue (episódios III-VI)
Gênero: Masculino
Afiliações: Império Galáctico, Sith
Armas: Lado Negro da Força, Sabre de luz vermelho

Taí!
Este é o Satan Goss e não é que ele parece mesmo com o Darth Vader?


Mais uma dele porque merece! Com o Sabre de Luz Vermelho

Tema do Dart Vader:
John Williams - Imperial March


Que a força esteja com você!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Felicidade e um buquê de girassóis

"Agora, agora vou ser feliz, pensava o tempo todo numa certeza histérica."
Os Dragões não conhecem o paraíso - Caio Fernando Abreu.

Primeiro achava que quando crescesse seria feliz. Cresceu. Achou que talvez quando saísse da escola infantil seria feliz então. E foi para a o ensino fundamental. Começou a pensar que era problema de criança, e na adolescência tudo mudaria. "Adolesceu"... No convívio com as belíssimas amigas sempre bem vestidas e impecavelmente na moda e mostrando insistentemente o quanto ela era ridícula, cafona e patética andando fora da moda e com o cabelo pixaim que nunca tinha visto uma escova ou prancha, sem uma maquiagem nem um salto nos pés, descobriu que alí com aquelas monstras não seria feliz. Talvez quando alguém gostar de mim assim ou estudar a noite. Namorou e estudou a noite. "Quando me formar, serei feliz", insistiu. Formou-se em contabilidade, apesar de querer informática e web design... Quando começar a trabalhar vai ser diferente. E trabalhou, e trabalhou, e trabalhou, trabalhou, trabalhou, trabalhotrabalhotrabalhotrabalhotrabalho... Dormia no horário do almoço, engolia a comida no horário que sobrava, corria para o trabalho "eu moro só a cinco minutos daqui, não será necessário vale transporte". Decididamente, não, não, não era aquilo. Precisava ser feliz. Decidiu se casar. Casou. Agora eu vou ser feliz, vou ser feliz, vou ser feliz, ser feliz, ser feliz feliz feliz feliz... insistia consigo como num mantra, entorpecente, alucinógeno, tentando convencer a si mesma... vou ser feliz. Vou ser quando tiver um filho. E não teve o primeiro. E pensou que não seria feliz. Veio o segundo. E foi quase feliz. Quando eu trabalhar novamente vou ser feliz, já tenho casa, marido, filho, é o que falta. E trabalhou novamente, e trabalhou em outros lugares, e foi doceira, secretária, sacoleira, atendente, boleira, bordadeira, vendendora, animadora de festa, babá, babá de cachorro, fazia pesquisas para os colegas, dava aulas particulares, i can, i can, i can't get no satisfaction... Fez terapia de grupo, resolveu fazer teatro. Virou profissão. E ainda assim não veio. Internet, mil e-mails, milhares de contatos, amigos, amores, vidas... Não, virtual demais. A felicidade era concreta, tinha certeza e ia ver, ia sentir, ia ter a qualquer custo. E viajou, e procurou, e tentou desesperadamente até que se desesperou: não existe! É impossível, é intocável, não é pra mim, não me pertence, não me quer, não posso ter, não me quer, não me quer. Foda-se. Passa os dias olhando pela janela os pobres mortais lá embaixo na mesma procura da tal felicidade. Algumas vezes pensou em se jogar, outras vezes apenas pensou em cortar os pulsos, tomar alguns vidros de comprimidos com bebida ou se jogar na frente de algum carro. Depois desejava que alguém morresse. E de forma cruel e lenta e dolorosa e maquiavélica e torturante. E achava que era pecado e pensava em morrer novamente, mas também era pecado. Mas só pensava, e ria dos desejos mórbidos. Resolveu viver apenas, deixou as coisas irem acontecendo. E passou a olhar mais a sua volta. E até pode sorrir as vezes apesar de alguma dor. A felicidade é só um cheiro... Ela vem, eu sinto, até quase posso tocar, mas ela vai, num ciclo... e volta... As vezes vem mansinha, as vezes chega como uma tempestade e vai e volta e vai... Suspira e volta a sorrir e olhando a vida pela janela. As vezes pensa que está louca, outras vezes quase tem certeza. E ri...

Hoje ela só quer um buquê de girassóis numa tarde qualquer com um bilhete anônimo: Goste de você. Goste muito de você. Ame você.

E foi feliz até o próximo momento...